novembro 13, 2010

Desabafos dos contos preservados.


Minha melhor metade,
Quase se perdeu,
Tentando achar a chave,
Do mundo teu.

Encontrar teus tesouros,
Saber como é teu ouro,
Decifrar teus segredos,
Guardados por chaves e pesos.

Por que é assim?
O que têm que ser?
Como dizer?
Como encontrar você?

Diga então que o meu mundo,
Já não faz parte do teu.
Saiba a minha verdade,
Com o coração que me prometeu.

Já não sei,
Não quero entender,
O que passei,
Jamais vou esquecer.

Dentro de mim,
Mora teu mundo,
Dentro de ti,
Não passo do teu muro.

Então, assim,
Não desfaço o que faço,
Então, pra mim,
Nossa despedida é abraço.

Por que é assim?
O que têm que ser?
Como dizer?
Como encontrar você?

Agora meus passos são,
Definidos pelo meu coração,
A saudade que bate no peito,
E desejo com gosto de rejeito.

Entendo os teus dias,
Completo minha poesia,
Nostalgia de nossas alegrias,
Guardo em minha caixa mais bem colorida.

Peço ao céu,
Teu envoltório de nuvens de mel,
Que te cubram em forma de véu,
E te escrevam em meu papel.

Papel que embrulho,
Em tsuru faz barulho,
Em rimas esbeltas,
Esqueço como eram belas.

(Rafael Nicolay)

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