fevereiro 26, 2012

Costureira.

Devoro a ti com meus olhos,
Pupilas dilatadas em êxtase,
Verdade afagada em teu zelo,
Perfume de anjo em teus cabelos!

Desejo emanado pelos poros,
Vontade acamada...
Acata-me o colo!
Sem briga e sem guarda.

Eis o meu anseio,
E para tal devaneio não possuo fármaco,
Deixo em tuas mãos minha cura,
Retraio-me em teu cerne.

Revido teus atos com valia,
Exponho-me em trapos,
Pois é o que sou,
Retalhos guardados...

"Costurados com dor...".

Rafael Nicolay

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