abril 28, 2017

há leveza

esse bailado que se tem uma música
declarada como vida
recitada a todos os cantos
para os poetas, sereias, marinheiros e praianos

reverbera na grande teia que nos liga
um pingo bate aqui, outro sente ali
um canta lá, outro respira cá
outrora voa, outrora agora

somos passageiros dessa embarcação
que vai rumo ao mar da mansidão
e o vento vem, as ondas vão
eu sigo aqui, com caneta e papel em mãos

e procuro escrever, ajudar, rir, pular
poetizar os pormenores do que sinto
do presente que recebo
de Deus, do ar,
da Terra, dos Orixás

das cachoeiras, matas, montanhas
dos pássaros, das plantas
da nossa mãe, da divina Rainha do Mar
Eê, Iemanjá.

R.

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