abril 28, 2017

vigília

É preciso clamar
É preciso rezar
Acender a fogueira
Sinalizar ao irmão

O castelo de portas abertas
O dragão que adentra pela brecha
De onde se menos espera
Eis que nasce a rebeldia

Ou se desenvolve por teimosia
Com o intuito do Sagrado
Ou a desculpa para o ato falho
A sutileza sai de cena

O guerreiro levanta sua espada
Perante sua própria armada
E insiste em trilhar seu rumo
Mas agora, com nova montaria

Flechas são atiradas
Mas não em sua direção
São incandescidas
Para acender as fogueiras da vigília

A guerra é interna
E o soldado se esgoela
Mas o seu coração ainda dói
E a verdade, que outrora lhe inspirava, agora o corrói

Ó bravo caminhante
Não deixes de se lembrar, por um só instante
Que a efemeridade da vida
Depende mais dos passos que podemos dar

Do que esticar as pernas perante ao achismo do que cremos alcançar...

É paradoxal, pois a fé nos ensina a crer no impossível
Mas de que lado do muro queremos saltar?
Por fim, volto a clamar...
Por ti, por mim, por nós...

E a Vós, peço a guia e sabedoria
Para contra todo tipo de magia
Que não venha do coração
Mas sim por intenção.

E na Verdade tudo será desfeito
Pelo Pai Criador e o seu verdadeiro seguidor
Justiceiro Celestial
Que empunha sua espada de flama azul

Salve-nos, redima-nos, eleve-nos.

Por amor,
Com amor,
É amor.



R.

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